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quarta-feira, 5 de setembro de 2018

7 de Setembro - Independência do Brasil


Processo Histórico da Independência do Brasil

No começo do século XIX, com a vinda da família real portuguesa, fugida da invasão das tropas de Napoleão, começou a ocorrer importantes transformações econômicas, politicas, sociais e culturais no Brasil. Em 1815, o país deixou de ser colônia e foi elevado à condição de Reino Unido de Portugal ganhando assim, maior autonomia. Essa proximidade da família real com o Brasil aliada a maior importância da colônia, provoca descontentamentos que levam a duas importantes revoluções no processo da independência, a Revolução Pernambucana em 1817, que abalou a unidade imperial no Brasil, seguido pela Revolução liberal do Porto em Portugal em 1820, que ao exigir uma nova constituição exigia-se também o retorno imediato de D. João.  A volta de D. João VI para Europa aumentou a pressão da aristocracia brasileira sobre D. Pedro I, seu filho, nomeado príncipe regente do Brasil em 1821, para que ele declarasse o Brasil independente.

Dia do fico

Com apenas 23 anos, o novo Regente do Brasil, D. Pedro, não era respeitado como príncipe regente e várias medidas das cortes de Lisboa buscam diminuir seu poder e, desse modo, à autonomia do Brasil desejando que o país voltasse à condição de colônia de Portugal.
As cortes de Portugal insistiam para que D. Pedro retornasse a Portugal, o que provocou grande resistência e descontentamento por parte dos brasileiros e não brasileiros, tanto que em 9 de janeiro de 1822, foi entregue ao Príncipe Regente uma petição com milhares de assinaturas solicitando que ele não abandonasse o país. Encorajado pela princesa Leopoldina, sua esposa, e cedendo às pressões D. Pedro respondeu:

"Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Digam ao povo que fico".

Aclamação de Dom Pedro I, Imperador do Brasil, no campo de Santana, Rio de Janeiro. Obra de Jean Baptiste-Debret, 1822.

Ficava instituído o “dia do Fico” era um dos passos mais importantes para a independência do Brasil. A partir daí D. Pedro ganhou grande apoio popular para resistir a recolonização, tomou uma série de medidas que desagradaram à metrópole, formou um novo ministério, liderado por José Bonifácio seu até então, conselheiro de maior confiança, convocou uma Assembleia Constituinte e determinou que nenhuma lei de Portugal seria colocada em vigor sem o "cumpra-se", ou seja, sem a sua aprovação prévia, além de organizar a Marinha de Guerra e obrigar as tropas de Portugal a voltarem para o reino
Os reinos de Portugal insatisfeitos com a rebeldia de D. Pedro declararam ilegítima a Assembleia Constituinte e seu governo ilegal, determinando seu regresso para Portugal imediatamente, sob a ameaça de envio de tropas lusitanas para obriga-lo a sair do Brasil, caso a medida não fosse acatada.
Diante dessa atitude, o rompimento tornou-se inevitável.

O grito Ipiranga- o Dia D


Em rápida viagem a Minas Gerais e a São Paulo para acalmar setores da sociedade, preocupados com os últimos acontecimentos, chegou ao palácio uma nova correspondência de Portugal, anulando a Assembleia Constituinte e exigindo volta do príncipe imediatamente para Lisboa. A princesa Leopoldina, que havia assumido a regência do Brasil durante a viagem, convocou uma sessão extraordinária do Conselho de Estado, em 2 de setembro, e juntamente com os ministros e aconselhada por José Bonifácio decidiu pela separação definitiva entre Brasil e Portugal. Após ter assinado a declaração de Independência, ela escreveu uma carta informando sobre o ocorrido e enviou um mensageiro que entregasse a Pedro.
Estas notícias chegaram às mãos de D. Pedro quando, retornava de Santos para o rio de janeiro, nas proximidades de São Paulo, em 7 de setembro de 1822, as margens do riacho do Ipiranga, que segundo uma das versões sobre o fato (Lustosa, pp. 150–153) o príncipe regente, ao tomar conhecimento do conteúdo da correspondência, gritou: 
"Amigos, as Cortes Portuguesas querem escravizar-nos e perseguir-nos. A partir de hoje as nossas relações estão quebradas. Nenhum vínculo unir-nos mais" e continuou depois que ele arrancou a braçadeira azul e branca que simbolizava Portugal: "Tirem suas braçadeiras, soldados. Viva independência, à liberdade e à separação do Brasil." Ele desembainhou sua espada afirmando que "Para o meu sangue, minha honra, meu Deus, eu juro dar ao Brasil a liberdade" e gritou: "Independência ou morte".

Proclamação da Independência, de François-René Moreaux (1844), onde a figura de D.Pedro ocupa o centro do quadro.

Este evento histórico é lembrado como "
Grito do Ipiranga" e marcou a Independência do Brasil. Com essa medida, o país tornou-se uma monarquia independente de Portugal.
Estava proclamada a independência da República do Brasil.
No dia 12 de outubro do mesmo ano, D. Pedro foi aclamado como o primeiro imperador do Brasil, sendo coroado no dia 1 de dezembro com o título de D. Pedro I.
Era o fim do domínio Português sobre o Brasil.



#Dica de leitura: 

7 de Setembro de 1822: a independência do Brasil (Cecília Helena de Salles Oliveira);
Independência ou morte: a emancipação política do Brasil
 (Ilmar Rohloff de Mattos e Luis Affonso Seigneur de Albuquerque).

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