O 1º de maio tem sua origem numa greve histórica nos Estados Unidos, na cidade de Chicago em 1886, quando milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, dando início a uma greve geral naquele país. Passados dois dias do início das manifestações, policiais e trabalhadores entram em conflito, e o que se viu nos dias que se seguiram foram dezenas de trabalhadores feridos, mortos e lideres dos movimentos presos e condenados à forca e/ou a prisão perpétua, acusados ou responsabilizados pela explosão de uma bomba lançada por desconhecidos contra os policiais. A explosão desse artefato resultou na morte de policiais e civis, além de ferir vários outros. A reação contra os trabalhadores foi extremamente repressiva, a polícia revidou com tiros contra os manifestantes e o saldo dessa ação, foi mais feridos e mais mortos. Esse 1º de maio ficou conhecido então, como Revolta de Haymarket e se tornou símbolo de manifestações e lutas por direitos trabalhistas.
Para homenagear as vítimas desse conflito
a as lutas sindicais, a Segunda Internacional Socialista, ocorrida em Paris, na
França em 1889, instituiu o dia mundial do trabalho e passou a utilizar essa
data para convocar anualmente manifestações com o objetivo de lutar por
melhores condições nas atividades laborais e redução da jornada de trabalho,
que até então, era de 13 a 16 horas por dia. Em 1891, em manifestação do dia 1º
de maio no norte da França, um novo drama reforçou o significado dessa data, ao
serem dispersos pela polícia, pelo menos mais uma dezena de trabalhadores foram
mortos.
A França foi o primeiro
país a reduzir a jornada de trabalho para 8 horas/dia. Essa medida foi
ratificada pelo Senado Francês em 23 de abril de 1919 e proclamou feriado o dia
1º maio, seguido pela União Soviética em 1920 e posteriormente, por outros países ao redor do
mundo.
Dia do Trabalho no Brasil
No Brasil, segundo relatos, essa data é
comemorada desde 1895, mais só em 1925, com um decreto do então
presidente Arthur da Silva Bernardes, essa data se tornou oficial e feriado
nacional, impulsionada por uma das maiores greves geral já registrada, ocorrida
na cidade de São Paulo, em 1917, na qual os movimentos dos trabalhadores
ficaram mais fortes devido aos ideais socialistas e anarcossindicalistas. Anos
mais tarde, durante o Estado Novo, nas décadas de 1930 e 1940, Getúlio Vargas
passou a utilizar a data 1º de maio em projetos políticos de aproximação da classe trabalhadora e para divulgar a criação de leis
trabalhistas, e a data passou e ter viés comemorativo da criação do salário
mínimo, das férias remuneradas e da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) em
1º de maio de 1943.
Infelizmente, mais de um século depois
das primeiras manifestações, mesmo com tantas leis que regulamentam as
profissões, não é raro casos de exploração de pessoas submetidas a trabalho em
condições de escravidão e insalubres. Por isso é importante que a luta
continue, no sentido de defender a manutenção dos direitos já conquistados e na
busca por tantos outros ainda a se conquistar.
Por: Luciana Correa
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